quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

L+U+A AZUL



Evento astronómico que ocorre em média a cada 31 meses, num mês de 31 dias. A Lua Azul é a segunda lua cheia dentro do mesmo mês, hoje XXXI/XII vai-nos ser oferecida a Lua Azul.

O ACASO


Nada acontece por acaso ou sem causa; mas tudo acontece segundo a razão, e por necessidade.
L E U C I P O

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

SCALÆ COELI [ I ]





Vi uma escada de ouro que fulgia
e que se elevava tanto que os meus olhos
não podiam segui-la.
Vi descerem pelos degraus tantos esplendores
que pensei que todas as luzes do céu
se tivessem juntado ali.


[ Dante - Paraíso, Canto XXI ]

domingo, 20 de dezembro de 2009

SCALÆ COELI





Teve um sonho: viu uma escada apoiada na terra, cuja extremidade tocava o céu; e, ao longo desta escada, subiam e desciam mensageiros de Deus.

( Génesis - XXVIII )

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Casa de Deus





« Imaginais que nós cristãos escondemos aquele que adoramos porque não possuímos templos nem altares? Que templo poderia ser levantado a Deus quando o Universo é a sua obra ? …
Como colocar o Omnipotente dentro de um só edifício ? Não é melhor consagramos um templo à Divindade em nosso coração e nosso espírito ? »


MINITIUS FELIX

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

VIDA + MORTE


O homem não vive.
Nasce e morre.

Para onde caminhas Tu...
P+O+R+T+U+G+A+L ?

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Pela Grei !



Gonçalo Mendes da Maia, “ O Lidador ”, morreu quase centenário, nos campos de Beja, de espada em riste, enfrentando os mouros, já com merecida aura de lenda viva.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

É talvez o último dia da minha vida. Saudei o sol, levantando a mão direita, mas não o saudei dizendo-lhe adeus. Fiz sinal de gostar de o ver ainda, mais nada.

F + P

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Nun` Álvares



Pátria — é um palmo de terra defendida.
A lança decidida
Risca no chão
O tamanho do nosso coração,
E todo o inimigo que vier
Tem de retroceder
Com a sombra da morte no pendão.

Eu assim fiz,
Surdo às razões da força e da fraqueza.
(A liberdade não discute os meios
De se manter.)
Mais difícil era a empresa
Que a seguir comecei:
Já sem cota de malha, combater
Por outro Reino e por outro Rei!


Miguel Torga

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

+ X I I I +


F É N I X
T+E+M+P+L+Á+R+I+A
+
Apocalipse + Anno Domini +
+
XIII - VIII - MMX

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

L U S I T Â N I A


[ P R E S S Á G I O ]

Nação que não stá.
[Aquele que É]
A Olha,
Como se contempla,
A cobarde,
A agonizante,
A quem a Vida se lhe esvai.
O Spírito que a renega,
Quer Partir.

A Nação já não Stá.
Tem odor
– à Ceifeira Derradeira –
A M o r t e !
N : d : N: s: D :

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

S . CONDESTÁVEL


S + A + N + C + T + U + S
O R A
P R O
N O B I S,
P + O +R + T + U +C + A + L + E


Aprendi que um homem só tem direito a olhar outro de cima para baixo quando vai ajudá-lo a levantar-se.
Gabriel Garcia Marquez

Manifesto de D+E+U+S



Sabia que o Evangelho é um protesto, ditado por Deus para os séculos, contra vãs distinções que a força e o orgulho radicam neste mundo de lodo, de opressão e de sangue; sabia que a única nobreza é a dos corações e dos entendimentos que buscam erguer-se para as alturas do céu, mas que essa superioridade real é exteriormente humilde e singela.

Alexandre Herculano – eurico o presbítero

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Em Nome de D+E+U+S




Moisés disse a Deus: « Eis que eu vou ter com os filhos de Israel e lhes digo: “ O Deus dos vossos pais enviou-me a vós “. Eles dir-me-ão: “ Qual é o nome dele ? “ Que lhes direi eu ? »
Deus disse a Moisés:
« EU SOU AQUELE QUE SOU. » Ele disse: « Assim dirás aos filhos de Israel: “ Eu sou “ enviou-me a vós! »

Ex 3 ( 13 – 14 )

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Eu meu desencontro




Encontro
de desencontros
que
pelo solidão se perdem,
se perdem
no tempo!

Não
me escrevo,
ou descrevo,
porque
nunca me encontrei,
Achei!

Como falar
de alguém
que nunca se conheceu...

Me desconheço
e
Assim stou bem!

Me saúdo.
Como se cumprimenta
(sem nada sentir)
um efémero
Desconhecido!

Eu,
retribuo
sem sentimento,
como autómato,
o
gesto
Meu.


N: d: N: s: D:

domingo, 1 de novembro de 2009

R E V E L A Ç Ã O





Eu sou o A L F A e o Ó M E G A (*)– diz o Senhor Deus – aquele que é, que era e que há-de vir, o Todo – Poderoso.

Ap 1 – ( 8 )

(*) – Hebraísmo em que a primeira e última letras do alfabeto grego indicam a totalidade, isto é, Cristo é o princípio e o fim de tudo, o absoluto.

sábado, 31 de outubro de 2009

As Duas Colunas




Salomão enviou arautos a Tiro para trazer Hiram. Este era filho de uma mulher viúva, da tribo de Neftali, e seu pai era de Tiro. Hiram era dotado de grande sabedoria, inteligência e habilidade para fabricar toda a espécie de trabalhos em bronze; ele apresentou-se ao rei Salomão e executou-lhe todos os trabalhos.
Fundiu duas colunas de bronze; a primeira media dezoito côvados (*) de altura; para rodear a segunda, era preciso um fio de doze côvados. Fundiu dois capitéis de bronze para pôr no cimo das colunas; um media cinco côvados de altura e o outro, igualmente cinco côvados. Estavam adornados com redes de malha de grinaldas em forma de cadeia; sete para o primeiro capitel e sete para o segundo.
Fez igualmente duas fileiras de romãs em volta das redes para cobrir os capitéis que cobriam as colunas.
Os capitéis que estavam no cimo das colunas do átrio, esses tinham a forma de lírio, com quatro côvados.
Os capitéis postos no cimo das duas colunas erguiam-se sobre a parte mais espessa da coluna, além da rede; em redor dos capitéis havia duzentas romãs dispostas em círculo.
Colocou estas duas colunas junto do pórtico do templo; à da direita chamou-lhe J A Q U I N ( ** ), e à da esquerda, B O O Z ( *** ). Sobre as colunas colocou remates em forma de lírio; assim terminou em beleza o trabalho das colunas.

(*) - Côvado = 50 cm.
(**) – Ele estabelece firmemente.
(***) – Ele robustece fortemente.

1 Rs – 7 ( 13 – 22)

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

T R A M A

Considera de contínuo que o mundo é como um ser único, contendo uma substância única e uma única alma; e que tudo vai desaguar à mesma e única percepção que é a sua; ele tudo realiza por força do mesmo impulso; todas as coisas ao mesmo tempo concorrem para causar o que acontece e que trama cerrada e complicada é o que elas produzem.

Marco Aurélio - Pensamentos

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Sórdido Encanto


Tempo
de recomeço
de um lugar que penso.
Tenho dor de o pensar
em seu Momento.

Lugar
encontrar o que não tenho
Spada desencantada
de qualquer encanto.

Momento
que de mágico
passa a não ter
Nada
porque nele me adentro.
Desassossego
em permanente
Sussurro.

Assim
Sou eu,
Seremos Todos...
Todo
Nada
Não
quero
Assim
não o meu Eu
não o seremos Todos...
em Tudo.

No
Todo
Nus
de
um
Todo!
N: D: N: S: D:

segunda-feira, 19 de outubro de 2009




Viver interessa mais que ter vivido;

e a vida só é vida real quando sentimos

fora de nós alguma coisa de diferente.

A. da Silva

sábado, 17 de outubro de 2009

+++



Os homens compram tudo pronto nas lojas... Mas como não há lojas de amigos, os homens não têm amigos.
Antoine de Saint-Exupéry

terça-feira, 6 de outubro de 2009

+ MOSTRENGO +



“O mostrengo que está no fundo do mar
Na noite de breu ergueu-se a voar;
À roda da nau voou três vezes,
E disse: «Quem é que ousou entrar
Nas minhas cavernas que não desvendo,
Meus tectos negros do fim do mundo?»
E o homem do leme disse, tremendo:
«El-Rei D. João Segundo!»
«De quem são as velas onde me roço?
De quem as quilhas que vejo e ouço?»
Disse o mostrengo, e rodou três vezes,
Três vezes rodou imundo e grosso,
«Quem vem poder o que só eu posso,
Que moro onde nunca ninguém me visse
E escorro os medos do mar sem fundo?»
E o homem do leme tremeu, e disse:
«El-Rei D. João Segundo!»
Três vezes do leme as mãos ergueu,
Três vezes ao leme as reprendeu,
E disse no fim de tremer três vezes:
«Aqui ao leme sou mais do que eu:
Sou um Povo que quer o mar que é teu;
E mais que o mostrengo que a minha alma teme
E roda nas trevas do fim do mundo,
Manda a vontade, que me ata ao leme,
de El-Rei D. João Segundo!»”

Fernando Pessoa, “O Mostrengo” in “Mensagem”

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

P+O+R+T+U+G+A+L


Maior do que nós, simples mortais, este gigante
foi da glória dum povo o semideus radiante.
Cavaleiro e pastor, lavrador e soldado,
seu torrão dilatou, inóspito montado,
numa pátria... E que pátria! A mais formosa e linda
que ondas do mar e luz do luar viram ainda!
Campos claros de milho moço e trigo loiro;
hortas a rir; vergéis noivando em frutos de oiro;
trilos de rouxinóis; revoadas de andorinhas;
nos vinhedos, pombais: nos montes, ermidinhas;
gados nédios; colinas brancas olorosas;
cheiro de sol, cheiro de mel, cheiro de rosas;
selvas fundas, nevados píncaros, outeiros
de olivais; por nogais, frautas de pegureiros;
rios, noras gemendo, azenhas nas levadas;
eiras de sonho, grutas de génios e de fadas:
riso, abundância, amor, concórdia, Juventude:
e entre a harmonia virgiliana um povo rude,
um povo montanhês e heróico à beira-mar,
sob a graça de Deus a cantar e a lavrar!
Pátria feita lavrando e batalhando: aldeias
conchegadinhas sempre ao torreão de ameias.
Cada vila um castelo. As cidades defesas
por muralhas, bastiões, barbacãs, fortalezas;
e, a dar fé, a dar vigor, a dar o alento,
grimpas de catedrais, zimbórios de convento,
campanários de igreja humilde, erguendo à luz,
num abraço infinito, os dois braços da cruz!
E ele, o herói imortal duma empresa tamanha,
em seu tuguriozinho alegre na montanha
simples vivia – paz grandiosa, augusta e mansa! -,
sob o burel o arnês, junto do arado a lança.
Ao pálido esplendor do ocaso na arribana,
di-lo-íeis, sentado à porta da choupana,
ermitão misterioso, extático vidente,
olhos no mar, a olhar sonambolicamente...
«Águas sem fim! Ondas sem fim! Que mundos novos
de estranhas plantas e animais, de estranhos povos,
ilhas verdes além... para além dessa bruma,
diademadas de aurora, embaladas de espuma!
Oh, quem fora, através de ventos e procelas,
numa barca ligeira, ao vento abrindo as velas,
a demandar as ilhas de oiro fulgurantes,
onde sonham anões, onde vivem gigantes,
onde há topázios e esmeraldas a granel,
noites de Olimpo e beijos de âmbar e de mel!»
E cismava, e cismava... As nuvens eram frotas,
navegando em silêncio a paragens ignotas...
– «Ir com elas...Fugir...Fugir!...» Ûa manhã,
louco, machado em punho, a golpes de titã,
abateu, impiedoso, o roble familiar,
há mil anos guardando o colmo do seu lar.
Fez do tronco num dia uma barca veleira,
um anjo à proa, a cruz de Cristo na bandeira...
Manhã de heróis... levantou ferro... e, visionário,
sobre as águas de Deus foi cumprir seu fadário.
Multidões acudindo ululavam de espanto.
Velhos de barbas centenárias, rosto em pranto,
braços hirtos de dor, chamavam-no... Jamais!
Não voltaria mais! Oh! Jamais! Nunca mais!
E a barquinha, galgando a vastidão imensa,
ia como encantada e levada suspensa
para a quimera astral, a músicas de Orfeus:
o seu rumo era a luz; seu piloto era Deus!
Anos depois, volvia à mesma praia enfim
uma galera de oiro e ébano e marfim,
atulhando, a estoirar, o profundo porão
diamantes de Golconda e rubins de Ceilão!
GUERRA JUNQUEIRO

domingo, 4 de outubro de 2009

Canção de Batalha



Que durmam, muito embora, os pálidos amantes,
Que andaram contemplando a Lua branca e fria...
Levantai-vos, heróis, e despertai, gigantes!
Já canta pelo azul sereno a cotovia
E já rasga o arado as terras fumegantes...

Entra-nos pelo peito em borbotões joviais
Este sangue de luz que a madrugada entorna!
Poetas, que somos nós? Ferreiros d'arsenais;
E bater, é bater com alma na bigorna
As estrofes de bronze, as lanças e os punhais.

Acendei a fornalha enorme — a Inspiração.
Dai-lhe lenha — A Verdade, a Justiça, o Direito —
E harmonia e pureza, e febre, e indignação;
E p'ra que a labareda irrompa, abri o peito
E atirai ao braseiro, ardendo, o coração!

Há-de-nos devorar, talvez, o incêndio; embora!
O poeta é como o Sol: o fogo que ele encerra
É quem espalha a luz nessa amplidão sonora...
Queimemo-nos a nós, iluminando a Terra!
Somos lava, e a lava é quem produz a aurora!
Guerra Junqueiro

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

DA D+O+R




Increscunt animi, virescit volnere virtus

sábado, 26 de setembro de 2009

Ben Sira – I


Origem da Sabedoria

Toda a sabedoria vem do Senhor e permanece junto dele para sempre.
A areia dos mares, as gotas da chuva, os dias da eternidade, quem os poderá contar?
A altura do céu, a extensão da terra, o abismo e a sabedoria, quem os poderá medir?
A sabedoria foi criada antes de todas as coisas, e a luz da inteligência desde a eternidade.
A fonte da sabedoria é a palavra de Deus nos céus; os seus caminhos são os mandamentos eternos.
A quem foi revelada a raiz da sabedoria, e quem pode discernir os seus planos?
A quem foi manifestada a ciência da sabedoria?
E quem pode compreender a riqueza dos seus caminhos?
Só há um sábio, sumamente temível: o que está sentado no seu trono.
Foi o Senhor quem a criou, quem a viu e a mediu, e a difundiu sobre todas as suas obras, e por todos os homens, segundo a sua liberdade, e a comunicou àqueles que o amam.
O amor do senhor é uma sabedoria gloriosa.
Ele a comunica àqueles a quem se revela, para que o vejam.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Senhor das Ânsias


Senhor:
Faz que eu oiça a Tua Voz,
Deixa que Te veja
E tenha a certeza ...

Pai Nosso


Pai Nosso,
que estais no Céu;
santificado seja o Vosso nome
venha a nós o Vosso reino
seja feita a Vossa vontade,
assim na terra como no Céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje;
perdoai-nos as nossas ofensas,
assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido,
e não nos deixeis cair em tentação,
mas livrai-nos do mal.
Amen.

domingo, 20 de setembro de 2009

Invocação a jesus Cristo


Esta invocação de fé muito simples foi desenvolvida na tradição da oração em várias formas no Oriente e no Ocidente. A formulação mais comum, transmitida pelos monges do Sinai, da Síria e do monte Athos é a invocação: "Jesus Cristo, Filho de Deus, Senhor, tem piedade de nós, pecadores!" Esta associa o hino cristológico de (Fl 2,6-11 com o pedido do publicano e dos mendigos da luz. Por ela, o coração se põe em consonância com a miséria dos homens e com a Misericórdia de seu Salvador.

A oração a Jesus



A oração da Igreja, alimentada pela Palavra de Deus, e a celebração da Liturgia nos ensinam a orar ao Senhor Jesus. Ainda que seja dirigida sobretudo ao Pai, ela inclui, em todas as tradições litúrgicas, formas de oração dirigidas a Cristo. Certos Salmos, conforme sua actualização na Oração da Igreja, e o Novo Testamento põem em nossos lábios e gravam em nossos corações as invocações desta oração a Cristo: Filho de Deus, Verbo de Deus, Senhor, Salvador, Cordeiro de Deus, Rei, Filho bem amado, Filho da Virgem, Bom Pastor, nossa Vida, nossa Luz, nossa Esperança, nossa Ressurreição, Amigo dos homens...

M A R C O S ~ I X



Naquele tempo,
Jesus e os seus discípulos caminhavam através da Galileia,
mas Ele não queria que ninguém o soubesse;
porque ensinava os discípulos, dizendo-lhes:
«O Filho do homem vai ser entregue às mãos dos homens
e eles vão matá-l’O;
mas Ele, três dias depois de morto, ressuscitará».
Os discípulos não compreendiam aquelas palavras
e tinham medo de O interrogar.
Quando chegaram a Cafarnaum e já estavam em casa,
Jesus perguntou-lhes:
«Que discutíeis no caminho?»
Eles ficaram calados,
porque tinham discutido uns com os outros
sobre qual deles era o maior.
Então, Jesus sentou-Se, chamou os Doze e disse-lhes:
«
Quem quiser ser o primeiro será o último de todos
e o servo de todos
».
E, tomando uma criança, colocou-a no meio deles,
abraçou-a e disse-lhes:
«
Quem receber uma destas crianças em meu nome
é a Mim que recebe
;
e quem Me receber
não Me recebe a Mim, mas Àquele que Me enviou

I - J O A O - IV


Caríssimos, não deis fé a qualquer espírito, mas examinai se os espíritos são de Deus, pois muitos falsos profetas apareceram no mundo. Reconheceis que o espírito é de Deus por isto: todo o espírito que confessa Jesus Cristo que veio em carne mortal é de Deus, e todo o espírito que não faz esta confissão de fé acerca de Jesus não é de Deus. Este é o espírito do Anticristo, do qual ouvistes dizer que tem de vir; pois bem, ele já esta no mundo.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Génio por Decreto da República


MINISTÉRIO DA CULTURA
Decreto n.º 21/2009
de 14 de Setembro

Artigo 1.º
Classificação
1 — É classificado como bem de interesse nacional o
espólio de Fernando Pessoa, compreendido como a universalidade
de facto composta por todos os documentos
produzidos ou reunidos por Fernando Pessoa, seja na forma
de manuscritos autógrafos, isolados ou integrados em documentos
de terceiros, assinados ou não, de dactiloscritos ou
tiposcritos, com ou sem intervenção autógrafa, assinados
ou não, bem como todos os documentos biográficos de
Fernando Pessoa ou que registem as suas técnicas e hábitos,
assinados ou não, seja qual for o acabamento do texto ou
textos neles contidos, e os documentos impressos que se
reconheça terem pertencido à sua biblioteca e ostentem
marcas autógrafas de utilização.

2 — O espólio de Fernando Pessoa é designado como
«tesouro nacional».

terça-feira, 15 de setembro de 2009

IGREJA VERA CRUZ



Comendas da Ordem de Malta, Livro 144.

Livro da comenda de Vera Crus da Sagrada religião do Hospital de Sam João de Jhirusalem o qual mandou fazer o Bailio Frei Pedro Barriga Comendador da dita comenda, (1671).

Titulo da Igreja da Vera Cruz.
No termo da villa de Portel tem a dita Comenda huma Igreja intitulada de Vera Cruz que hé a cabessa della e donde o lugar de Vera Cruz toma o nome (…); tem a porta Principal para a parte do poente e pêra nascente está contigua humas casas da Comenda a que chamarão os Pasos; tem duas torres e a da direita da entrada da porta tem douz sinos, entre os quais está uma Arcada e sobre ella da parte de fora esta hum litreiro que diz asy Autem Gloriari o Porter In Cruce Dominós Fri yesus Cristi.

Marcos + VIII



Naquele tempo,
Jesus partiu com os seus discípulos
para as povoações de Cesareia de Filipe.
No caminho, fez-lhes esta pergunta:
«Quem dizem os homens que Eu sou?»
Eles responderam:
«Uns dizem João Baptista; outros, Elias;
e outros, um dos profetas».
Jesus então perguntou-lhes:
«E vós, quem dizeis que Eu sou?»
Pedro tomou a palavra e respondeu: «Tu és o Messias».
Ordenou-lhes então severamente
que não falassem d’Ele a ninguém.
Depois, começou a ensinar-lhes
que o Filho do homem tinha de sofrer muito,
de ser rejeitado pelos anciãos,
pelos sumos sacerdotes e pelos escribas;
de ser morto e ressuscitar três dias depois.
E Jesus dizia-lhes claramente estas coisas.
Então, Pedro tomou-O à parte e começou a contestá-l’O.
Mas Jesus, voltando-Se e olhando para os discípulos,
repreendeu Pedro, dizendo: «Vai-te, Satanás,
porque não compreendes as coisas de Deus,
mas só as dos homens».
E, chamando a multidão com os seus discípulos, disse-lhes:
«Se alguém quiser seguir-Me,
renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me.
Na verdade, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á;
mas quem perder a vida, por causa de Mim e do Evangelho,
salvá-la-á».

VERA +





Comendas da Ordem de Malta, Livro 143.

Tombo da Comenda de Vera Cruz feito a Instancia do comendador Frei Hieronimo de Brito de Mello no ano MCCCCCCXXXIII [1633] sendo comendador da dita Comenda

Título da igreia da vera crus. No termo da villa de Portel tem a dita comenda huma igreia da ynvocação de vera crus que he cabessa da comenda de que se lhe da o nome (…). Na qual Igreia pêra a parte do evangelho junto do altar está huma caza pequena de abobeda na qual caza esta aquele presioso inextimável thezouro do lenho de Santa vera Crus de Christo Nosso Redemptor e por honra de quem mandou fazer este tombo se faz expreça menção de tão venerável e excelente relíquia Pera que todos saibão o grande bem que há nesta igreia (…).

domingo, 13 de setembro de 2009

JOÃO + XIV


Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.
Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar.
E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos tomarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.
E para onde eu vou vós conheceis o caminho.
Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho?
Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.
Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e o tendes visto.
Disse-lhe Felipe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta.
Respondeu-lhe Jesus: Há tanto tempo que estou convosco, e ainda não me conheces, Felipe? Quem me viu a mim, viu o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?
Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, é quem faz as suas obras.
Crede-me que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim; crede ao menos por causa das mesmas obras.
Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que crê em mim, esse também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas; porque eu vou para o Pai;
e tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.
Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu a farei.

A N I M A


Em primeiro lugar, um ser vivo é composto pela alma e pelo corpo; a primeira é o governante por natureza, o segundo, o governado.
Aristóteles – Política

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

P+E+R+E+G+R+I+N+O


Pela Imagem,
Saudação Fraterna
Peregrino !
n: D: n: S: d:

S+O+P+R+O


O Sopro de Ram

Solta todo o ar dos pulmões, esvaziando-os o mais possível.
Depois, vai inspirando lentamente à medida que levantas os braços até ao alto. Enquanto inspiras, concentra-te para que dentro de ti mesmo entre amor, paz e harmonia com o universo.
Mantém a respiração presa e os braços levantados o máximo de tempo possível, gozando a harmonia interior e exterior. Quando chegares ao limite, solta todo o ar numa rápida expiração, enquanto pronuncias a palavra RAM.
Repete durante cinco minutos.

V I A G E M




IIIº C a m i n h o

Finalmente existia o terceiro caminho – um caminho que levava até aos restos mortais do apóstolo Santiago, enterrados num local da Península Ibérica onde certa noite um pastor tinha visto uma estrela brilhante sobre um campo. A lenda conta que não apenas Santiago, mas a própria Virgem Maria, estiveram por ali, logo após a morte de Cristo, a levar a palavra do Evangelho e a exortar os povos a converterem-se. O local ficou sendo conhecido como Compostela – o campo da estrela – e logo surgiu uma cidade que iria atrair viajantes de todo o resto do mundo cristão. A estes viajantes que percorriam a terceira rota sagrada, foi-lhes dado o nome de peregrinos, e passaram a ter como símbolo uma concha.
paulo coelho

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

C A M I N H O





Assim como a tradição muçulmana exige que todo o fiel faça, pelo menos uma vez na vida, a caminhada que Maomé fez de Meca a Medina, o primeiro milénio do cristianismo conheceu três rotas consideradas sagradas (…). A primeira rota levava até ao túmulo de São Pedro, em Roma, os seus caminhantes tinham por símbolo uma cruz e eram chamados romeiros. A segunda rota levava até ao Santo Sepulcro de Cristo, em Jerusalém, e os que faziam este caminho eram chamados palmeiros porque tinham como símbolo as palmas com que Cristo foi saudado quando entrou na cidade. Finalmente existia um terceiro caminho (…)

paulo coelho – Diário de um Mago

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Chove En San+iago



Chove en Santiago
meu doce amor
camelia branca do ar
brila entebrecida ao sol.

Chove en Santiago
na noite escura.
Herbas de prata e sono
cobren a valeira lúa.

Olla a choiva pola rúa
laio de pedra e cristal.
Olla no vento esvaido
soma e cinza do teu mar.

Soma e cinza do teu mar
Santiago, lonxe do sol;
agoa da mañan anterga
trema no meu corazón

Luar na Lubre




segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Oração de San+iago



Apóstolo Santiago,
Escolhido entre os primeiros,
Tu foste o primeiro a beber
No cálice do Senhor,
E és o grande protetor dos peregrinos;
Faz-nos fortes na fé
E alegre na esperança,
Em nosso caminhar
De peregrino
Seguindo o caminho
Da vida de Cristo
E alenta-nos para que
Finalmente,
Alcancemos a glória
De Deus Pai,

Assim Seja.

Pai Nosso dos Templários




SENHOR, perdoa-me se não rezo a oração que teu filho nos ensinou, pois
julgo-me indigno de tão bela mensagem. Refleti sobre esta oração e cheguei
às seguintes conclusões:
Para dizer o "PAI NOSSO", antes devo considerar todos os homens,
independentemente de sua cor, raça, religião, posição social ou política,
como meus irmãos, pois eles também são teus filhos; devo amar e proteger a
natureza e os animais, pois se tu és meu pai, também és meu criador, e quem
criou a mim, também criou a natureza.
Para dizer "QUE ESTAIS NO CÉU", devo antes fazer uma profunda análise em
minha consciência, procurando lembrar-me de quantas vezes te julguei como um
celestial pai, pois, na realidade, sempre vivi me preocupando com coisas
materiais.
Para dizer "SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME", devo antes verificar se não
cometi sacrilégios ao adorar outros deuses até acima de ti.
Para dizer "VENHA A NÓS O VOSSO REINO", devo antes examinar minha
consciência e procurar saber se não digo isto apenas por egoísmo, querendo
de ti tudo, sem nada dar em troca.
Para dizer "SEJA FEITA A VOSSA VONTADE", devo antes buscar meu verdadeiro
Ser e deixar de ser um falso Cristão, pois a tua vontade é a união fraternal
de todos os seres que criastes.
Para dizer "ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU", devo antes deixar de ser mundano e
me livrar dos desenfreados prazeres, das orgias, do orgulho e do egoísmo.
Para dizer "O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DAI HOJE", devo antes repartir o pão
que me destes com os meus irmãos mais carentes e necessitados, pois é dando
que se recebe; é amando que se é amado.
Para dizer "PERDOAI AS NOSSAS OFENSAS, ASSIM COMO TEMOS PERDOADO A QUEM NOS
TEM OFENDIDO", devo antes verificar se alguma vez tornei a estender minha
mão àquele que me traiu; se alimentei àquele que me tirou o pão; se dei
esperanças e acalentei àquele que me fez chorar; pois só assim terei
perdoado àquele que me ofendeu.
Para dizer "E NÃO NOS DEIXAI CAIR EM TENTAÇÃO, MAS LIVRAI-NOS DO MAL", devo
antes deixar limpo o foco de meus pensamentos; amparar a mão estendida;
socorrer o pedido de aflição; alimentar a boca faminta; iluminar os cegos e
amparar os aleijados, ajudando a construção de um mundo melhor.
E finalmente, para dizer "AMÉM", deverei fazer tudo isso agradecendo ao meu
Criador, cada segundo de minha vida, como a maior dádiva que poderia
receber. No entanto Senhor, embora procure assim proceder, ainda não me
julgo suficientemente forte, no intuito de tudo isto te prometer e cumprir.
Perdoa-me, Senhor meu Pai, porém minha perfeição a tanto ainda não chegou.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

A+L+É+M . . .



Além-Deus

I / ABISMO

OLHO O TEJO, e de tal arte
Que me esquece olhar olhando,
E súbito isto me bate
De encontro ao devaneando —
O que é ser-rio, e correr?
O que é está-lo eu a ver?

Sinto de repente pouco,
Vácuo, o momento, o lugar.
Tudo de repente é oco —
Mesmo o meu estar a pensar.
Tudo — eu e o mundo em redor —
Fica mais que exterior.

Perde tudo o ser, ficar,
E do pensar se me some.
Fico sem poder ligar
Ser, idéia, alma de nome
A mim, à terra e aos céus...

E súbito encontro Deus.

II / PASSOU

Passou, fora de Quando,
De Porquê, e de Passando...,
Turbilhão de Ignorado,
Sem ter turbilhonado...,

Vasto por fora do Vasto
Sem ser, que a si se assombra...

O Universo é o seu rasto...
Deus é a sua sombra...

III/ A VOZ DE DEUS

Brilha uma voz na noute...
De dentro de Fora ouvi-a...
Ó Universo, eu sou-te...
Oh, o horror da alegria
Deste pavor, do archote
Se apagar, que me guia!

Cinzas de idéia e de nome
Em mim, e a voz: Ó mundo,
Sermente em ti eu sou-me...
Mero eco de mim, me inundo
De ondas de negro lume
Em que para Deus me afundo.

IV / A QUEDA

Da minha idéia do mundo
Caí...
Vácuo além de profundo,
Sem ter Eu nem Ali...

Vácuo sem si-próprio, caos
De ser pensado como ser...
Escada absoluta sem degraus...
Visão que se não pode ver...

Além-Deus! Além-Deus! Negra calma...
Clarão de Desconhecido...
Tudo tem outro sentido, ó alma,
Mesmo o ter-um-sentido...

V / BRAÇO SEM CORPO BRANDINDO UM GLÁDIO
(Entre a árvore e o vê-la)

Entre a árvore e o vê-la
Onde está o sonho?
Que arco da ponte mais vela
Deus?... E eu fico tristonho
Por não saber se a curva da ponte
É a curva do horizonte...

Entre o que vive e a vida
Pra que lado corre o rio?
Árvore de folhas vestida —
Entre isso e Árvore há fio?
Pombas voando — o pombal
Está-lhes sempre à direita, ou é real?

Deus é um grande Intervalo,
Mas entre quê e quê?...
Entre o que digo e o que calo
Existo? Quem é que me vê?
Erro-me... E o pombal elevado
Está em torno na pomba, ou de lado?
F+P

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A L É M ...



Além - Tédio

Nada me expira já, nada me vive ---
Nem a tristeza nem as horas belas.
De as não ter e de nunca vir a tê-las,
Fartam-me até as coisas que não tive.

Como eu quisera, enfim de alma esquecida,
Dormir em paz num leito de hospital...
Cansei dentro de mim, cansei a vida
De tanto a divagar em luz irreal.

Outrora imaginei escalar os céus
À força de ambição e nostalgia,
E doente-de-Novo, fui-me Deus
No grande rastro fulvo que me ardia.

Parti. Mas logo regressei à dor,
Pois tudo me ruiu... Tudo era igual:
A quimera, cingida, era real,
A própria maravilha tinha cor!

Ecoando-me em silêncio, a noite escura
Baixou-me assim na queda sem remédio;
Eu próprio me traguei na profundura,
Me sequei todo, endureci de tédio.

E só me resta hoje uma alegria:
É que, de tão iguais e tão vazios,
Os instantes me esvoam dia a dia
Cada vez mais velozes, mais esguios...
S á+C a r n e i r o

domingo, 9 de agosto de 2009

Raúl SOLNADO



L+i+b+e+r+d+a+d+e

Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
Sol doira
Sem literatura
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como o tempo não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto é melhor, quanto há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,

Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

Mais que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...


F + Pessoa

G É N I O !




Felizmente, em todo o sentido, de todos os sentidos, o [Mário] Sá-Carneiro não teve biografia: teve só génio.
O que disse foi o que viveu
.


F+P

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

S + S + S



O que seja propriamente o sebastianismo – hoje mais vigoroso do que nunca, na assombrosa sociedade secreta que o transmite, cada vez mais ocultamente de geração em geração, guardando religiosamente o segredo do seu alto sentido simbólico e português, que pouco tem que ver com o D. Sebastião que se diz ter morrido em África, e muito com o D. Sebastião que tem o número cabalístico da Pátria Portuguesa.

F+P

sábado, 1 de agosto de 2009

P+O+R+T+U+G+A+L



Conquistámos já o Mar: resta que conquistemos o Céu, ficando a terra para os Outros, os eternamente Outros, os Outros de nascença, os europeus que não são europeus porque não são portugueses. Ser tudo, de todas as maneiras, porque a verdade não pode estar em faltar ainda alguma cousa!
Criemos assim o P a g a n i s m o S u p e r i o r,
o P o l i t e í s m o S u p r e m o !
Na eterna mentira de todos os deuses, só os deuses todos são verdade.

F + P

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Gonçalo A n e s


O futuro de Portugal — que não calculo mas sei — está escrito nas trovas do Bandarra, e também nas quadras de Nostradamus. Esse futuro é sermos tudo.

F+Pessoa