« Mando-lhe alguns versos meus... Leia-os e guarde-os para si... A seu Pai, se quiser, pode lê-los, mas não espalhe, porque são inéditos. Amo especialmente a última poesia, a da Ceifeira, onde consegui dar a nota paúlica em linguagem simples. Amo-me por ter escrito
Ah, poder ser tu, sendo eu!
Ter a tua alegre inconsciência
E a consciência disso!... »
Ah, poder ser tu, sendo eu!
Ter a tua alegre inconsciência
E a consciência disso!... »
FERNANDO PESSOA – Excerto de Carta, datada de 19 de Janeiro de 1915, escrita a Armando Cortes-Rodrigues.