sexta-feira, 21 de outubro de 2011

ΤΣΜΡΘ




No Tempo

escreve-se

como

se lavra

na terra . . .



θΝΤθζ



domingo, 16 de outubro de 2011

o nosso livro







 

Livro do meu amor, do teu amor,

Livro do nosso amor, do nosso peito...

Abre-lhe as folhas devagar, com jeito,

Como se fossem pétalas de flor.



Olha que eu outro já não sei compor

Mais santamente triste, mais perfeito.

Não esfolhes os lírios com que é feito

Que outros não tenho em meu jardim de dor!



Livro de mais ninguém! Só meu! Só teu!

Num sorriso tu dizes e digo eu:

Versos só nossos mas que lindos sois!



Ah! meu Amor! Mas quanta, quanta gente

Dirá, fechando o livro docemente:

"Versos só nossos, só de nós os dois!..."
 
 
florbela de alma
 
 
 

o teu livro







 


Li o teu livro, Amor, sofregamente;

Li-o, e nele em vão me procurei!

No teu livro d'amor não me encontrei,

Tendo lá encontrado toda a gente.



Um livro é a nossa alma, nunca mente!

Um livro somos nós, eu bem o sei...

E se em teus lindos versos não me achei

É que a tua alma nem sequer me sente!



As rosas do teu livro! As tuas rosas!

Rubros beijos de bocas mentirosas,

Desfolhastes por todas as mulheres!



Mas deixa, meu Amor, mesmo pisadas,

As tuas lindas rosas desfolhadas

Eu apanho-as do chão, se tu quiseres...
 
 
florbel de alma