sexta-feira, 19 de julho de 2013

noitE felpudA








o vento parecendo frio
conforta o ser
nesta noite de verão

que nos calca os corações
embebidos pela solidão
no seu ninho obscuro

enquanto pássaros felpudos
dançam no restolho
olho corpos celestes
e penso

a estes inocentes bichos
é-lhes vedado
o dom do descabimento
que se sente
no seu olhar intrépido

como os corpos celestes
animais inertes cintilam
no breu restolhado

deitados a olhar os astros
que param de cintilar
para se deliciarem
com aqueles rostos divinos
que se erguem
e lhes roçam a pele
branca e poeirenta
que se assemelha
à dos seus irmãos



o imberbere & Porescrito